Thursday

The Creepshow – Run For Your Life (2008) – People Like You

“Run For Your Life” é o novo trabalho de estúdio dos The Creepshow. Dez faixas fazem a fusão de Horrorbilly com um Punk Rock bem acelerado e enérgico. Som cru, sujo e agreste mas com muita melodia é o que nos oferecem. O contrabaixo dá-lhe aquele som “arranhado” característico da cena Psychobilly, enquanto que o Piano lhe confere uma certa melodia crua e alguns sons mais “fantasmagóricos”. A dualidade voz feminina e masculina adiciona mais diversidade ao som Creepshow. O imaginário 50s Horror / B-Movies / Pin-Up / Comic Books já habitual neste tipo de bandas também marca presença. Não é nada de transcendental mas gostei do que ouvi. Para fãs de Misfits, Horrorpops, Meteors, Mad Sin, The Cramps, The Living End e outros que tais. 70% http://www.thecreepshow.org/ / www.myspace.com/thecreepshow / http://www.peoplelikeyourecords.com/
RDS
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The Creepshow - Take My Hand
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The Creepshow - Demon Lover (Live on Edmonton TV, Canada)

Adam West – ESP: Extra Sexual Perception (2008) – People Like You

Os Adam West estão de volta com mais uma descarga de Rock ‘N’ Roll / Punk / Hard Rock. São 12 novos temas rápidos, groovy, enérgicos, crus, agrestes, barulhentos, selvagens, puros. O som dos Norte-Americanos continua na mesma, portanto. E isso é óptimo! Para quem ainda não conhece (o quê?), imaginem uma fusão de 60s Psychedelic Rock, 60s Garage Punk, Punk ‘77, 70s Heavy Rock, Hard Rock / Punk da cena Australiana dos 70s e bandas como Motörhead, AC/DC, Rose Tattoo, MC5, Misfits, Black Sabbath, Stiff Little Fingers, Vibrators, Radio Birdman e Iggy & The Stooges. A produção crua e suja, tipo ensaio na garagem, ajuda muito ao espírito “old-school” e pureza da música. Riffs fabulosos, ritmos que convidam ao movimento, voz rouca, atitude a rodos. Nunca os vi ao vivo mas deve ser uma festa! Punho fechado no ar, cerveja na mão, cara de mau (com um sorriso a escapar pelo canto da boca), muito suor e “headbanging”. Estão vivos e recomendam-se! 80% www.fandangorecs.com/adamwest / www.myspace.com/adamwestrocks / http://www.peoplelikeyourecords.com/
RDS
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Adam West - You´re My Solar Flare

V/A – Bound For The Bar Festival Tour DVD (2008) – People Like You

Mais uma edição em DVD da Germânica People Like You. Infelizmente não tenho acesso ao produto de venda mas sim a um promocional com parte do material. O som também não é o do produto final (espero que o DVD não tenha este som quase “apagado”). Mesmo assim, tenho aqui muito material para avaliar esta edição. As bandas incluídas são Peter Pan Speedrock (extractos de dois concertos diferentes, 5 temas), The Peacocks (9 temas), Angel City Outcasts (3 temas), The Grit (2 temas), Chip Hanna & The Berlin Three (2 temas) e Far From Finished (3 temas). Além dos excertos das actuações de cada uma das bandas, temos ainda direito às habituais passagens rápidas tipo documentário com rápidas entrevistas, “making of’s” e cenas de bastidores. 8 videoclips (aos quais não tenho acesso) de nomes do catálogo PLY fazem também parte dos extras. Pela amostra que tenho em mãos, nota-se que houve um trabalho cuidado em todos os pormenores. Gosto da ideia de intercalar todos os ingredientes (caso usem a opção “play all”). O único senão é não ter legendas (pelo menos o meu promocional) e nas entrevistas às bandas Alemãs não consigo captar nada. Mais uma vez, é pena não ter acesso ao resultado final. 70% http://www.peoplelikeyourecords.com/
RDS

Area51 – Ankh (2005, Black-listed) & “Daemonicus” (2008, Aprights)

Os Area51 são uma banda de Neoclassical Metal do Japão com voz feminina. As influências variam entre nomes do Heavy tradicional (Rainbow, Impellitteri), Heavy Neoclássico (Yngwie Malmsteen, Royal Hunt, Stratovarius), nomes mais recentes do Symphonic Metal de vocalização feminina (Epica, After Forever) e compositores clássicos (Chopin, Paganini).

O guitarrista Yoichiro Ishino formou a banda em 2003 e em 2005 já lançaram a estreia em longa-duração “Ankh” (Black-listed Records). Nove malhas compõem este disco que foi considerado, pela mítica revista Japonesa Burrn!, um dos 6 melhores álbuns de Neoclassical Metal daquele país. As influências são mais que óbvias mas há aqui boas ideias, bons riffs e melodias de guitarra, uma secção rítmica competente sem chegar a ser muito técnica, uma componente sinfónica bem encaixada, letras em Japonês (é sempre aplaudido quando uma banda canta na sua língua materna) e, finalmente, a fantástica voz de Kate. Não é nada de transcendental mas gostei do que ouvi. 75%

Em 2008 é editado o segundo de originais, “Daemonicus” (Aprights). São mais 10 faixas na mesma linha musical mas com uma notória evolução, tanto na composição como na execução. Conseguem balançar bem a sua música alternando entre o material mais rápido e o “midtempo”, entre momentos mais agressivos e os mais melódicos e sinfónicos, entre ideias mais simples e outras mais elaboradas. O único problema é a produção. É a típica produção Japonesa que deixa os instrumentos com um som algo frio e mecânico. Mas, salvo raras excepções, este tipo de som final também se pode ouvir nos seus parceiros Europeus. Continuam a não ser uma mais valia para o cenário Heavy Metal internacional, mas são uma boa escolha para quem gosta do género. O tema que de destaque, e que encerra o álbum, é com certeza “Lord Knows” o qual tem uma duração de 16m39s e tem a colaboração vocal de Rob Rock dos Impellitteri. Heavy / Power / Prog / Symphonic no seu melhor. 80%

Outras edições da banda: “Area51” (Demo 2003), Extended Wings / Sky Above Clouds (Single 2004), “Close To… You And Me” (Single 2007) e “Area51 SMD” (EP 2008, este é uma edição especial para o Brasil com 5 temas do disco de estreia).

Area51: http://www.area51-web.com/

RDS

Tuesday

In Ria Rocks! – Quinta do Ega, Vagos – 13 de Setembro de 2008

A terceira edição do In Ria Rocks! teve lugar na Quinta do Ega, Vagos, no passado Sábado dia 13 de Setembro. As bandas que fizeram o cartaz foram The Godiva, Echidna, Gwydion, Oblique Rain e Hyubris. Em curtas linhas passo a fazer a descrição do mesmo. http://www.rockinria.net/

The Godiva: Death melódico de meados dos 90s, linha Crematory, Cemetary, Dark Tranquility e Nightfall. O som é algo datado mas nota-se que a banda gosta do que faz, e até o faz bem. Mas no palco são muito parados. Falta alguma rodagem ao vivo. O som, esse estava péssimo, mas isso foi problema que persistiu durante todo o festival. Assim é difícil ter uma ideia mais elaborada do trabalho da banda, tanto em termos de composição como de “performance” ao vivo. De qualquer modo, bom “aquecimento” para o resto festival. www.myspace.com/thegodiva

Echidna: Thrash / Death linha Sueca. Poderoso. Enérgico. Muita garra e atitude. Gostei. É pena mais uma vez o som estar nojento. A banda parecia estar a partir tudo lá em cima do palco mas, nós cá em baixo não conseguíamos captar nem metade dessa energia. O que poderia ter sido uma actuação devastadora, foi seriamente prejudicada pelo som. Mas gostei e espero vê-los novamente em palco em melhores condições. www.myspace.com/echidna

Gwydion: Outra actuação que poderia ter sido fabulosa mas que sofreu por causa de, adivinhem, o som terrível. Mesmo assim a banda deu o tudo por tudo. Gostei muito. O som Pagan / Folk / Viking dos Gwydion é festivo, movimentado, apelativo. Influências directas da cena Sueca: Finntrolll, Moonsorrow e até Norther. Cerveja na mão, punho no ar. Muita atitude, garra e diversão a rodos. Foi a primeira e única banda a usar a, algo pindérica (tipo grupo de baile), plataforma em frente ao palco. Mas fizeram-no com estilo! Espero vê-los ao vivo noutras condições. www.myspace.com/gwydionmetal

Oblique Rain: Ehem… tenho que repetir? Pois é. O som de orientação Progressiva com toques semi-góticos dos Oblique Rain tem de ser ouvido em óptimas condições para poder ser apreciado na sua plenitude. Algo parados em palco, isso é verdade. A voz também me pareceu algo monótona e linear. No disco não me soava assim. Para quem não conhece, Porcupine Tree, Opeth (faceta mais calma), Anathema (som actual) e Katatonia (som actual) são nomes a apontar. Poderia ter sido mais interessante mas, mesmo assim, agradável. www.myspace.com/obliquerain

Hyubris: Muito bom. O som ligeiro, melancólico e de orientação Folk / Gótica não se imaginaria, à partida, motivo para festa. Pois eu estava bem enganado, a banda conseguiu animar bastante as reduzidas hostes que fizeram da Quinta do Ega a sua noite de Sábado (devia haver muito “metaleiro” nas discotecas!). O ponto alto da noite. Gostei da presença em palco, da atitude e do tom alegre e festivo com que encararam a sua actuação. O péssimo som e a fraca afluência de público poderiam ter retirado algum ânimo aos músicos, mas isso não aconteceu. Aliás, todas as bandas se comportaram como se de uma ocasião única se tratasse este In Ria Rocks! Assim vale a pena sair de casa e ir apoiar a cena! www.myspace.com/hyubrismusic

Pontos Negativos: O péssimo som (por favor, para a próxima contratem alguém que saiba o que está a fazer) que não beneficiou nem bandas nem público. O início tardio (habitual nos concertos em Portugal) que levou a que a festa acabasse mais tarde que o esperado. A fraca afluência de público (se não há, queixam-se; se há, não aparecem).

Pontos Positivos:
A atitude positiva das bandas, (escasso) público e organização. Isto sim parecia um festival Underground em toda a sua plenitude. Mais um festival de Metal a ser feito em Portugal (continuem, eu estarei lá para o ano!). A organização parecia estar bem oleada e as coisas não falharam muito. Para o ano há mais e melhor.

RDS

Echidna – Insidious Awakening (2008) – Rastilho

Com tantas bandas a surgir todos os dias, actualmente é difícil acompanhar o Underground nacional. O nome Echidna não me era estranho mas, ainda não tinha tido a oportunidade de ouvir a sua música. E de repente surge o disco de estreia! Já? Perguntei eu. Hoje em dia é muito mais fácil para as bandas editar um disco, enquanto que há uns anos atrás estas tinham de batalhar, ensaiar, compor, gravar maquetes e tocar ao vivo (muito!) antes da estreia em longa duração. Depois, lá poderia surgir o disco para as melhores. Hoje as coisas estão mais facilitadas. Isso pode ser bom ou pode ser mau pois, como sabem, muitas bandas ainda verdes gravam discos que são autênticos desastres. Cada vez que ouço um disco desses e me lembro das fantásticas bandas que não passaram da maquete… Enfim, melancolias à parte, falemos dos Echidna. O que falei há pouco aplica-se neste caso? Não. A banda pode ser jovem mas já tem um som coeso, forte e seguro. As influências são mais que óbvias mas, para um primeiro disco, podemos dizer que isso é quase obrigatório. Esperemos que no segundo os Echidna consigam alcançar um som mais próprio e deixem de ser uma promessa para se tornar numa confirmação. Pela amostra contida em “Insidious Awakening”, isso é uma forte possibilidade. O Thrash / Death da banda de V.N. Gaia deve muito a nomes da cena Sueca como (ahem!) At The Gates, The Haunted, The Crown, Darkane, Soilwork (antigo), Edge Of Sanity, ou outros como Lamb Of God e Cataract. Têm boas ideias que conseguem concretizar na perfeição, fantásticos riffs e solos de guitarra (um dos pontos fortes), secção rítmica segura e demolidora, e uma voz crua e áspera que faz lembrar Tomas Lindberg. Gravado na Fábrica do Som por Daniel Carvalho, masterizado por Daniel Cardoso nos Ultra Sound Studios e produzido por ambos e a própria banda, o disco tem um som perceptível e potente mas com aquela crueza necessária ao género. Gostei muito do que ouvi e aguardo ansiosamente o tal novo trabalho de confirmação. Para já, recomendo. 80% http://www.echidnaband.com/ / www.myspace.com/echidna / http://www.rastilho.com/ / http://www.rastilhorecords.com/ / www.myspace.com/rastilho
RDS