Wednesday

MISCELÂNEA

Alcest – Souvenirs D’Un Autre Monde (2007) – Prophecy: À primeira audição não gostei nada destes “souvenirs” dos Alcest. Por isso mesmo tenho adiado a escrita desta crítica. Entretanto tenho lido diversas críticas a este trabalho e todas elas são favoráveis e as pontuações são altíssimas! Pensei: “bom, tenho de dar uma oportunidade a isto, afinal de contas tenho de escrever alguma coisa!”. Pois a minha opinião não mudou nada! Continuo a não achar graça nenhuma a isto e não percebo o porquê de toda a gente a atribuir pontuações elevadas. A nota de imprensa refere uma “aplicação de Slowdive e Yann Tiersen aos Burzum”. Hum…!? Sinceramente, não vejo a razão de tanto alarido. 30% http://alcest.prophecyprodutions.de/ / http://www.alcest-music.com/ / http://www.prophecy.cd/

Corde Oblique – Respiri (2005) – Ark Records: O disco é datado de 2005 mas só agora me chegou às mãos. E ainda por cima nem me enviaram uma biografia ou nota de imprensa. Mas, como gostei tanto disto, vou arriscar uma pequena crítica. Este projecto Italiano pratica uma sonoridade baseada em música tradicional, ou “world music” como lhe queiram chamar, com toques de medieval, neoclássico, dark folk e gótico. Instrumentos acústicos, violino, piano, passagens ambientais, ritmos tribais, spoken word, vozes operáticas, vozes sussuradas, sons de mar, há de tudo um pouco. Para quem gosta deste tipo de sonoridades mais calmas. 85% http://www.arkrecords.net/

Lily’s Puff – Heaven Frowns (2007) – Ark Records: Projecto Italiano que mistura electrónica ambiental e experimental com Pop e material acústico. Este tipo de material tem de ser bem feito e os músicos têm de ter algumas ideias originais senão, não resulta. É o que acontece com estes Lily’s Puff. Até há por aqui algumas ideias interessantes mas, ou não foram bem utilizadas, ou então perderam o seu efeito e impacto ao lado de tantas faixas desinteressantes. Safam-se 2 ou 3 temas. 25% http://www.lilyspuff.net/ / http://www.arkrecords.net/


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MISCELÂNEA

Battlelore – Evernight (2007) – Napalm Records: Novo trabalho para os incansáveis seguidores de Tolkien. O novo trabalho “Evernight” segue a mesma linha musical dos anteriores, um Metal de proporções épicas e orquestrais, com certas influências góticas, pesado mas melódico, com vozes guturais masculinas intercaladas por vozes melódicas femininas. As letras seguem a mesma orientação e influência, o mundo criado pelo mestre da fantasia literária, Tolkien. Não é o melhor disco da banda, isso é certo, mas é um bom disco de Epic Metal. 75% http://www.napalmrecords.com/

Intense – As Our Army Grows (2007) – Napalm Records: Quando li no promocional a designação Power Metal fiquei logo desconfiado, pensei que o que me iria sair aqui era mais do mesmo, com certeza. Estava enganado. Isto é Heavy / Power do melhor, bem old-school, pesado quanto baste, boas ideias, bons riffs, solos fantásticos, melodias e ambiências épicas cativantes, secção rítmica competente. Influência directa do Heavy / Power Norteamericano da década de 80 e de bandas como Helstar, Metal Church, Iron Maiden, Iced Earth, Cloven Hoof, Manilla Road, Omen, entre outros. Para os fanáticos do US Power Metal dos 80s. 80% http://www.napalmrecords.com/

Anaal Nathrakh – Eschaton (2006) – Season Of Mist: Os fãs da facção mais extrema do Metal não necessitam de introduções aos Anaal Nathrakh. Para quem não conhece, passo a apresentar. Este novo disco (o terceiro) traz 9 novos temas de Black / Death / Grind do mais extremo possível cuspidos em pouco mais de 35 minutos de pura devastação demoníaca. Aqui e ali há introduções de alguma melodia musical e vocal, a qual apenas ajuda a aumentar a intensidade da música do AN. Participações especiais de Shane Embury (Napalm Death) e Attila Csihar (Mayhem). Ficam já avisados: isto é apenas aconselhável aos fanáticos do extremo da música! 85% http://www.season-of-mist.com/

Red Harvest – A Greater Darkness (2007) – Season Of Mist: Este é já o décimo(!) lançamento da nada Norueguesa. Apocalyptic Industrial Paranoia Metal é uma das descrições sugeridas pela própria banda. Metal Industrial para simplificar, diria eu. 10 novos temas em pouco mais de 51 minutos de Metal Industrial bem pesado, intenso, obscuro, apocalíptico, experimental. Se acham que conseguem aguentar…! 90% http://www.season-of-mist.com/

Jesus On Extasy – Holy Beauty (2007) – Drakkar / Focusion: Os Jesus On Extasy apresentam um Rock Industrial de contornos góticos e electrónicos, influência directa de nomes como Marilyn Manson, Assemblage 23, KMFDM, Tiamat, Evereve, entre outros. E de onde são os JOE? Alemanha, pois claro! Isto é tudo tão “cliché”, está tudo tão certinho e tão limpinho, as partes electrónicas / dançáveis são “catchy”, as influências góticas estão na dose certa, as letras são do mais simples possível (chegam a ser infantis até). E não digo isto tudo no sentido positivo, muito pelo contrário! Parece que foi tudo orquestrado para dar certo, está tudo tão bem estudado para vender. Isto chega a ser tão “kitsch” (ou “apimbalhado”, se quiserem) que até pode dar certo! Nem sei se estou a odiar ou se isto se está a entranhar aos poucos. Resta ouvirem e tirarem as vossas próprias conclusões. Resta ainda referir que o disco fecha com uma remistura de “Assassinate Me” (um dos temas mais “kitsch” que já ouvi neste género!) pelos KMFDM. 75% http://www.focusion.de/


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The Danse Society International – Looking Through (2007) - Anagram / Cherry Red

Esta é uma re-edição do terceiro e último disco dos Goth Rockers Britânicos The Danse Society International (denominação neste disco pois anteriormente tinham a simples designação Danse Society). O disco foi originalmente lançado em 1986 e vê agora uma re-edição na Goth Collectors Series da Anagram / Cherry Red. Apenas o álbum original, nada de temas extras, o que é pena mas, de qualquer modo, só o facto de termos novamente acesso a esta pérola do Rock Gótico Britânico dos 80s já é muito bom. Destaque para o livrete que contém um interessante e esclarecedor texto sobre a banda escrito por Alex Ogg, além de discografia completa e detalhada. Essencial! 90% http://www.cherryred.co.uk/
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STONER ROCK / ROCK ‘N’ ROLL / PSYCHEDELIC

Tia Carrera – Heaven / Hell EP (Arclight Records, 2007): Tia Carrera era uma actriz de filmes de série B. Tia Carrera é uma banda Norteamericana de Heavy Rock / Stoner instrumental com carácter de improviso. Estes 3 temas foram gravados em sistema analógico para manter o espírito dos 70s. São cerca de 33 minutos de música recomendados apenas a fãs de Stoner / Doom / Psych instrumental. 75% http://www.1970tiacarrera.com/ / www.myspace.com/tiacarrera / http://www.arclightrecords.com/

Amplified Heat – Amplified Heat EP (Arclight Records, 2007): O disco foi originalmente lançado em 2003 pela própria banda, numa edição de 200 exemplares, e vê em 2007 re-edição por parte da Arclight. O disco contém os 5 temas originais e 2 temas da mesma sessão de gravação. São cerca de 32 minutos de Rock ‘N’ Roll / Blues Rock / Punk / Hard Rock bem cru, simples e directo. Imaginem uma fusão de George Thorogood, Motorhead, Dead Kennedys, Hawkwind, Jon Spencer Blues Explosion, R.L Burnside e Screaming Jay Hawkins e terão uma pequena ideia. 80% http://www.amplifiedheat.com/ / www.myspace.com/amplifiedheat / http://www.arclightrecords.com/

Causa Sui – Free Ride (Elektrohasch Records, 2007): Psychedelic Stoner Rock de proveniência Dinamarquesa. Neste segundo disco são apresentados 7 temas em pouco mais de 52 minutos plenos de psicadelismo e muito rock ‘n’ roll. Segundo a nota de imprensa, os Causa Sui fazem a fusão da furiosa loucura de Jimi Hendrix com o Hard Rock dos Blue Cheer, o espírito selvagem de Iggy Pop e o Krautrock dos Alemães Can. Adicionem ainda Monster Magnet, MC5 e 13th Floor Elevators à mistura. Não anda muito longe disto, não! Para os apreciadores de Rock Piscadélico. 75% http://www.causasui.com/ / http://www.elektrohasch.de/

Sgt. Sunshine – Black Hole (Elektrohasch Records, 2007): Mais Rock Psicadélico, este já mais influenciado pelos 60s e com toques progressivos e algumas influências latinas. Este trio multinacional (Cuba, Chile, Suécia) não me agradou particularmente mas também não é mau de todo. Há aqui algumas ideias boas em “Black Hole”, algum experimentalismo e um certo sentimento de jam session. Apenas para os fanáticos do psicadelismo. 70% http://www.elektrohasch.de/

Josiah – No Time (Elektrohasch Records, 2007): Fecho com chave de ouro esta sequência de discos com estes Britânicos Josiah. Heavy / Stoner Rock do mais alto calibre é o que se pode encontrar nestes 9 temas. Temas ora rápidos bem roqueiros, ora lentos e bem doomy. O peso doomy dos Black Sabbath encontra-se a meio caminho com a rapidez e crueza dos Motörhead, os Led Zeppelin contribuem com alguns riffs e os Blue Cheer e os Pentagram emprestam à equação um toque Bluesy / Sludge. Gosto de todo o disco mas em particular de “Time To Kill”, grande malha da Rock ‘N’ Roll a todo o gás! 85% http://www.josiahrock.co.uk/ / http://www.elektrohasch.de/
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PROGROCK RECORDS

Amarok – Sol De Medianoche (2007): Sétimo disco de originais para os Espanhóis Amarok. Fusão de Rock Progressivo com música mediterrânica, música celta e algum Jazz. Aos habituais instrumentos do Rock aliam-se ainda acordeão, flautas, didgeridoo, saxofone, violino, trompete, entre outros, além de cântico tibetano. Os temas são vocalizados em espanhol, catalão e inglês (pela primeira vez na história da banda). A toda esta panóplia de influências e inspirações aliam-se ainda as fantásticas letras sobre a cabala, eremitas, criaturas do mito de Cthulhu, o livro das 1001 noites, etc. Após 10 temas originais temos ainda direito a uma versão étnica de “Abaddon’s Bloero” de Emerson, Lake & Palmer. Recomendo aos amantes do Progressivo de orientação étnica, Progressivo em geral, world music em geral e qualquer pessoa com mente suficientemente aberta para poder desfrutar desta peça de arte na sua plenitude. 90% http://www.amarokweb.com/ / www.myspace.com/amarokspain / http://www.progrockrecords.com/

Dial – Synchronized (2007): O projecto Sueco / Holandês inclui no seu núcleo duro Kristoffer Gildenlöw (Pain Of Salvation, Lana Lane, Dark Suns), Liselotte “Lilo” Hegt e Rommert van der Meer (ambos de Cirrha Niva), além das participações de Devon Graves, Dirk Bruinenberg e Eugenia Lackey. “Synchronized” é o disco de estreia e inclui 11 temas de Rock Alternativo com toques Progressivos, Góticos, Industriais e New Wave. À primeira audição não me chamou muito a atenção mas, agora com uma audição mais cuidada para escrever esta crítica, começo a descobrir pormenores, sons, melodias e outros pontos de interesse na música dos Dial. Não é uma audição fácil, aviso desde já! Mas assim que se entra no espírito, o nosso trabalho e processo de compreensão torna-se recompensador. É caso para dizer “primeiro estranha-se, depois entranha-se”. Para fãs de bandas tão díspares como Pink Floyd, Björk, Pain Of Salvation, Cirrha Niva, The Gathering (fase mais recente), Paatos, Anathema (fase mais recente), Antimatter, etc. 85% www.myspace.com/thebanddial / http://www.progrockrecords.com/

Invisigoth – Alcoholocaust (2007): Disco de estreia para o duo Cage e Viggo Domino, o qual compôs, produziu, misturou e masterizou este “Alcoholocaust”. Apenas se inclui a percussão de gizzi em duas faixas. Fusão de Metal progressivo e Art Rock, muito experimental mas direccionado para a criação de ambientes e melodias, criando uma espécie de banda sonora épica. A sonoridade deste projecto Invisigoth é original e fresca mas, para vos dar uma linha de orientação, pode-se referir Pain Of Salvation, assim como o trabalho de músicos como Devin Townsend ou Henning Pauly (Chain, Frameshift). Recomendo a fãs de sonoridades mais épicas, seja ProgRock, Metal, Rock ou Score Soundtrack. Atenção à faixa final, uma peculiar versão de “No Quarter” dos Led Zeppelin. 90% www.myspace.com/invisigothmusic / http://www.progrockrecords.com/

Persephone’s Dream – Pyre Of Dreams (2007): Os Persephone’s Dream são Norteamericanos e praticam um Rock Progressivo com certos toques de Heavy Metal e Gótico. Já me tinham chamado a atenção com os discos anteriores “MoonSpell” (1999) e “Opposition” (2001) mas na altura achava que ainda faltava limar algumas arestas. Pois, parece que foi o que fizeram neste novo trabalho, representando este disco um passo em frente para a banda. O intervalo de 6 anos entre discos também deve ter ajudado a amadurecer estas composições. Outra diferença é que hoje em dia a banda não conta com uma vocalista feminina, mas duas! As letras são baseadas em fantasia, mitologia e ficção-científica, sendo um bom exemplo disso a letra de “Temple In Time”, uma faixa conceptual dividida em 5 partes e que se baseia na Ilha de Avalon e no Rei Artur. Além das duas vozes femininas temos ainda a oportunidade de ouvir a participação de DC Cooper em duas faixas (além de fazer coros noutros temas e co-produzir o disco com o guitarrista / teclista Rowen Poole). 80% http://www.persephonesdream.com/ / http://www.progrockrecords.com/

Puppet Show – The Tale Of Woe (2006): Após 9 anos da edição da sua estreia “Traumatized”, os Norteamericanos Puppet Show voltam à carga com o seu novo de originais “The Tale Of Woe”. O disco foi produzido pela própria banda, foi misturado por Terry brown (Rush, IQ, FM; Fates Warning) e foi masterizado por Peter J. Moore (Cowboy Junkies, Crash Test Dummies). O estilo da banda não foge muito daquilo que foi feito na década de 70 pelos nomes clássicos do género, Yes, Génesis, Van Der Graaf Generator, Rush, Emerson Lake & Palmer, etc, mas com uma aproximação ao Neo-Prog. Não haja dúvida de que são excelentes músicos mas, estes 6 temas aqui apresentados não fogem muito a aquilo que já se conhece do género. Não se aventuram muito, não experimentam coisas novas ou diferentes, não fazem fusões, é apenas mais do mesmo. Essa não é a ideologia inicial e básica do Progressivo. Prefiro então ouvir os clássicos. Mesmo assim, se gostam do vosso Progressivo old-school, sem muitas “invenções” ou fusões, este disco deve ser perfeito para vocês. 65% http://www.puppetshow.com/ / http://www.progrockrecords.com/

Shadow Circus – Welcome To The Freakroom (2007): Disco de estreia para os Norteamericanos Shadow Circus. Rock Progressivo teatral com influências dos Genesis dos inícios, com toques de Pop Britânica linha The Beatles. Há aqui e ali um certo gosto Country que a mim não me agrada nada. A voz então, soa a cantor Country meio desafinado. 6 temas em 45 minutos de duração. Não é nada de novo ou original, nada de surpreendente nem em termos de execução musical nem em termos de composição. Apenas para completistas que gostam de ter tudo o que é rotulado de Progressivo. Muito abaixo da média. Próximo! 40% http://www.shadowcircusmusic.com/ / http://www.progrockrecords.com/

Starcastle – Song Of Times (2007): Mais uma banda com som da velha escola mas com uma diferença, estes são mesmo da velha escola! Para quem não sabe, os Starcastle editaram 4 discos entre 1976 e 1978, os quais venderam entre todos mais de 1 milhão de exemplares. Depois de muitos anos voltam a juntar-se e começam a compor novos temas. Em 2004 o baixista / teclista Gary Strater deixa o mundo dos vivos mas a banda continua a trabalhar nos temas e acaba a gravação deste disco “Song Of Times”. Rock Progressivo típico da década de 70 mas com um som mais moderno. Não é o melhor disco de Prog Rock de sempre, mas é um bom disco e tem o espírito da já referida década. Afinal de contas eles estiveram “lá” e fizeram parte de tudo! Para os fãs da velha escola e dos Starcastle. Nota de destaque para o tema “Master Machine”, grande malha de Rock Sinfónico. 75% http://www.starcastlemusic.com/ / http://www.progrockrecords.com/

The Third Ending – The Third Ending (2007): Disco de estreia para esta banda da Tasmania. Influências assumidas de nomes como Porcupine Tree, Pink Floyd, Spock’s Beard e Dream Theater. Há aqui algumas boas ideias mas apenas isso não chega, ainda têm muito trabalho pela frente. Na globalidade o disco é desinteressante e monótono e o facto de ter uns longos 54 minutos de duração não ajuda nada. Uma autêntica perda de tempo! 35% http://www.thethirdending.com/ / http://www.progrockrecords.com/


PROGROCK RECORDS: http://www.progrockrecords.com/

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METAL BLADE RECORDS – SETEMBRO 2007

As I Lay Dying – An Ocean Between Us (2007): Os AILD não me tinham chamado a atenção com os seus discos anteriores, não eram nada de especial a meu ver, o que faziam, faziam-no bem mas, eram iguais a tantas outras bandas, nada de mais. Ao ouvir pela primeira vez este disco levei uma estalada porque não estava prevenido contra o que iria ouvir. O novo trabalho dos AILD encontra-se a um nível muito superior em relação aos seus anteriores discos. Mais pesado, mais rápido, mais agressivo (mas com muita melodia à mistura) e com um trabalho de composição mais cuidado. O som devastador deste disco deve-se em parte também ao excelente trabalho de produção de Adam D (Killswitch Engage) e à mistura do mestre Colin Richardson (Carcass, Machine Head, etc). Ao peso do Thrash de orientação moderna aliam-se algumas influências do Hardcore mais pesado, alguns trejeitos Death (com alguns blastbeats e dar o seu ar de graça) e muita melodia de guitarra inspirada no Heavy Metal mais tradicional. Chamem-lhe Metalcore. Chamem-lhe Thrash. Chame-lhe Deathcore. Chamem-lhe o que quiserem mas, lá que é uma puta de um álbum de música extrema, lá isso é! Sério candidato a um dos discos do ano! Recomendo vivamente! 95% http://www.asilaydying.com/ / www.myspace.com/asilaydying / http://www.metalblade.de/

Aeon – Rise To Dominate (2007): São Suecos e este é o seu segundo disco, primeiro para a Metal Blade. Death Metal rápido, brutal, técnico, com algum groove à mistura e uma certa melodia. Os 12 temas disponíveis em “Rise To Dominate” são de uma qualidade elevada mas os Aeon a mim parecem-me iguais a tantas outras bandas de Death técnico. Além disso, 45 minutos é muito tempo para um álbum destes. Acaba por se tornar um pouco monótono após algumas faixas. De qualquer modo, não nego a qualidade da parte instrumental, é um disco acima da média (o que hoje em dia já é dizer muito) e os fãs do estilo devem experimentar. 70% http://www.aeon666.com/ / http://www.myspace.com/aeon666 / http://www.metalblade.de/

Desaster – 666 Satan’s Soldiers Syndicate (2007): Mais um trabalho para adicionar à extensa discografia destes Desaster, nas lides desde 1989. Entre lançamentos de diversos formatos e da responsabilidade de diversas editoras, eis que surge o sexto disco de originais. Eu apenas havia tomado contacto com a música da banda em 2005, aquando da edição de “Angelwhore”, primeiro através da Metal Blade. Na altura não me tinha chamado muito a atenção, era material muito apoiado no old-school, nas raízes do Metal e no Underground, o que me agradava particularmente, mas em termos musicais, soava-me algo “cliché” e “normal”. Mas este novo “Satan’s Soldiers Syndicate” já me está a agradar e muito! Black / Thrash old-school, rápido, crú, obscuro, inspirado por nomes como Venom, Hellhammer e Destruction. De salientar participações especiais de Proscriptor (Absu), A.A. Nemtheanga (Primordial) e Ashmedi (Melechesh). Para os puritanos do género, está é uma boa aposta! 80% http://www.total-desaster.de/ / www.myspace.com/desaster / http://www.metalblade.de/

Fleshcrawl – Structures Of Death (2007): Novo disco para os Suecos Fleshcrawl. Ao ver este CD no mais recente pacote promocional da Metal Blade fiquei logo com água na boca. Já tinha gostado muito do anterior “Made Of Flesh” de 2004, daí a expectativa em relação a este novo. E não fiquei desiludido! O estilo continua o mesmo, Death Metal técnico, ora rápido ora mais groovy, com muita melodia típica do Death Sueco. Inspirações de Hypocrisy, Edge Of Sanity, Entombed, Dismember entre outras bandas da cena Sueca da década de 90 são mais que notórias. Na edição limitada em digipack pode-se encontrar como bónus uma versão de “Rockin’ Is My Business” dos The Four Horsemen, tema que infelizmente não faz parte deste promocional que tenho em mãos. Bem, não se pode ter tudo! Já tenho o disco com o alinhamento principal e isso já é muito bom! 90% http://www.metalblade.de/

METAL BLADE RECORDS: http://www.metalblade.de/

MANITOU MUSIC

Nesta crítica tenho 7 edições da Francesa Manitou Music para vos apresentar. Por ordem alfabética, os primeiros são os Akroma e o seu disco “Sept” (MM 2006). “7” é um disco baseado nos 7 pecados mortais, com 7 faixas, cada uma com 7 minutos de duração, onde são usados 7 diferentes tons, tendo também 7 guitarristas convidados de bandas francesas (além de instrumentistas orquestrais como p.ex. um flautista). Esta é uma all-star band da cena Francesa com membros e ex-membros de bandas como Scarve, Dying Tears, Mortuary, Elvaron, In Terria e Akin. Black metal orquestral de contornos progressivos. A música dos Akroma descreve-se na nota de imprensa como uma fusão entre Cradle Of Filth e Dream Teather. Não iria tão longe mas, a descrição pode dar-vos umas pistas. Aliem a essa descrição uma dualidade voz masculina tipicamente Black Metal (que se torna algo monótona ao fim de um tempo) e feminina angelical. As letras são em francês, o que lhe confere uma aura extra de misticismo. Recomendo. 80% http://www.akroma-metal.net/

Seguem-se os Amphitryon e “Sumphokeras” (MM 2006). A nota de imprensa apresenta a música dos Amphitryon como Symphonic Avantgarde Doom Death. Imaginem os My Dying Bride, Septic Flesh e Therion a compor e tocar no espírito dos compositores clássicos. Resumindo, como base temos uma sonoridade Death / Doom, aliada a uma maneira de compor própria dos compositores clássicos e ritmos tribais, com o aliar de vozes líricas masculina e feminina às típicas vozes guturais Death Metal. À partida o conceito pode parecer difícil de concretizar mas a banda até consegue obter algum resultado satisfatório. Mesmo assim, precisam de mais um pouco de trabalho. 65% http://www.amphitryon-music.com/

Seguimos com os Black Rain. No homónimo “Black Rain” (MM 2006) alia-se o Hard ‘N’ Heavy dos 80s (Wasp, Twisted Sister, Motley Crue, …) com o Heavy / Power europeu (Stratovarius, Hammerfall, …) em 9 temas acima da média. Alia-se, pois, a crueza do som Americano com a melodia do Europeu. Simples, directo ao assunto, sem pretensões de ser a nova coqueluche do Heavy Metal mundial. Títulos como “Gods Of Metal”, “No Life Till Metal” ou “Battlegrounds”, p.ex., reflectem a parte instrumental na perfeição. Heavy Metal! 80% http://blackrain.atspace.com/

DSK “Oppressed / Deformed” (MM 2006). Death Metal meets Hardcore meets Grindcore meets Rock’N’Roll. Pode ser esta a descrição para a música destes Franceses DSK. Uma mistura de todos estes géneros que resulta num disco pleno de brutalidade, velocidade e groove. Imaginem uma fusão das partes mais groovy dos Entombed, Gorefest, Dismember, Bolth Thrower e Convulse(rip). Nada de novo ou original mas bem feito. Gostei. Como bónus temos ainda dois vídeos ao vivo. 75% http://www.ultradsk.com/

Depois de um disco em edição de autor e outros dois pela Adipocere, os Ellipsis lançam este novo “Imperial Tzadik” (MM 2006) pela Manitou. O disco foi produzido e misturado por Terje Refsnes (Morgul, Theatre Of Tragedy, Tristania, etc) e tem como convidado especial o vocalista Tore Otsby (Ark, Conception). A música da banda é uma espécie de Progressive / Avantgarde Metal bem esquizofrénico com toques orquestrais e influências Doom. Gostei muito do que ouvi. Para fãs de nomes como Arcturus, Winds, Solefald, And Oceans, Devin Townsend, etc. 90% http://www.ellipsis-music.com/

“Spleen Metal”. Não sei onde é que as pessoas vão buscar estas designações, mas é assim que a música dos Kemet é descrita na nota de imprensa que acompanha “The Rules Of Equilibrium” (MM 2006). Para vos facilitar a compreensão da música dos Kemet, eu diria que tocam Dark / Alternative / Progressive Metal. Pain Of Salvation, Arcturus, Evergrey, Three, etc, podem ser bandas de referência. Inovadores, emotivos, melancólicos, melódicos mas obscuros quanto baste, passagens progressivas e ambientais, samplers complementares. Gostei do terceiro disco destes Franceses. Vale a pena experimentar. 90% http://kemetmusic.free.fr/

Última banda e último disco. M.Z. “Nostalgic Heroes” (MM 2007). O 5º disco para os M.Z. Primeiro com um vocalista. Os M.Z. praticam um Metal Neoclássico na linha de Yngwie Malmsteen, Royal Hunt, Narnia, Symphony X, At Vance, etc. Não difere muito das bandas atrás descritas, fusão de Heavy / Power com composições de origem clássica / neoclássica. O que está aqui está muito bom mas, é mais do mesmo. Apenas para fãs do estilo. 75% http://www.mz-music.com/

Manitou Music / Thundering Records: http://www.thundering-records.com/

RDS

METAL HEAVEN / GERMUSICA

Os StoneLake apresentam em “World Entry” (Metal Heaven, 2007) 9 temas de Heavy / Power do mais tradicional e “lugar comum”. Toques sinfónicos, progressivos e Hard Rock complementam a equação. O que aqui está é bom, mas falta aquele “quê” que os torne numa alternativa válida a tantas outras bandas do género. De qualquer modo, há aqui algumas boas ideias e a audição não se torna maçadora. Para os fanáticos / coleccionistas do género. 75% http://www.metalheaven.net/ / http://www.stonelake.se/

Os Soul Doctor e o seu disco “Blood Runs Cold” (Metal Heaven, 2007) seguem a linha Hard Rock clássico de nomes como AC/DC, MSG, Whitesnake, Led Zeppelin, Deep Purple, Bad Company, etc. 10 temas para a estreia desta banda que inclui no seu line-up o vocalista dos Fair Warning, Tommy Heart. Para os devotos do Hard Rock mais tradicional, simples, directo, duro, com melodia. Gostei e aconselho. 80% http://www.metalheaven.net/ / http://www.souldoctorrocks.com/ / www.myspace.com/souldoctorrock

Para o fim desta crítica, uma edição da promotora Alemã Germusica, os ShadowLand e o seu disco de estreia “Falling” (GerMusica, 2007). Heavy Metal melódico é o que nos é oferecido nestas 10 faixas. O material é bom, mas não é nada de novo ou original. Contudo, a banda apresenta algumas boas ideias e muitas potencialidades para futuros trabalhos. Resta esperar para verificar o desenvolvimento desta jovem banda e, entretanto, ir ouvindo este “Falling”. 75% http://www.germusica.com/ / www.myspace.com/shadowland1

RDS

AOR HEAVEN

Primeiro nome, Decoy, o disco é “Call Of The Wild” (AOR Heaven, 2007). O projecto é da responsabilidade do guitarrista Torben Enevoldsen (Section A) e do vocalista Peter Sundell (Grand Illusion). Hard ‘N’ Heavy inspirado na década de 80 do mais simples, directo e pleno de “lugares comuns” do género. Há aqui alguns temas porreiros mas que não passam disso mesmo. Mais do mesmo. Não torna este produto numa compra essencial. “Baixem” um tema ou dois e se gostarem, a escolha é vossa. 70% http://www.torbenenevoldsen.com/
Razorback e o seu novo disco “Deadringer” (AOR Heaven, 2007) também se apoiam no Heavy Metal tradicional com uns toques de Hard Rock de inspiração 80s. Não é a salvação do género mas, que é um bom álbum de Hard ‘N’ Heavy melódico, lá isso é verdade. Para quem não sabe, a banda inclui o guitarrista Rolf Munkes (Empire), o vocalista Stefan Berggren (Company Of Snakes) e o baterista Mike Terrana (Rage, Masterplan, etc), e é complementada por Chris Heun no baixo e guitarra ritmo. 75% http://www.rolfmunkes.com/ / http://www.empire-studios.de/
O vocalista Paul Sabu tem em “Strange Messiah” (AOR Heaven, 2007) aquela que é mais uma tentativa de um músico / compositor de sessão de compor e gravar os seus próprios temas. É certo que o homem já trabalhou com nomes como David Bowie, Alice Cooper, Madonna, Shania Twain, Lee Aaron, Wasp, etc, assim como escreveu músicas para diversas séries e filmes de TV, mas isso não quer dizer que se possa esperar o melhor deste disco. Hard Rock típico da década de 80 é o que se pode ouvir nestes 10 temas. Há aqui algumas boas malhas mas, apenas isso, um disco que se ouve, chega-se ao fim e não se pretendo voltar a carregar play. É daquele tipo de discos que se ouve sem estar a prestar muita atenção, quando se está a fazer outra coisa qualquer que requer mais atenção. Para os fanáticos dos 80s. Falta ainda referir que os músicos envolvidos fazem parte de bandas como Lee Z, Mad Max, Biss, Casanova, Demon Drive, Bonfire, Pretty Maids. 70% http://www.paulsabu.com/
Segue “Voice Of Rock MMVII” (AOR Heaven, 2007), um disco que reúne 10 vocalistas da cena AOR / Hard Rock mundial. A base instrumental é formada por Michael Voss (Silver, Casanova), o mesmo que trabalhou com Paul Sabu no disco antes apresentado, Chris Lausmann (Frontline, Bonfire), Angel Schleifer (ex-Bonfire, também no disco de Sabu), Tommy Denander (Radioactive) e Bertram Engel (Peter Maffay, Udo Lindenberg). Infelizmente o meu promocional é daqueles com os temas incompletos, contendo apenas 3 temas na sua versão final. De qualquer modo dá para ouvir e ter uma ideia do produto final. Os nomes presentes são James Christian (House Of Lords), Jean Beauvoir (Crown Of Thorns, Plasmatics), Goran Edman (Yngwie Malmsteen, Street Talk), Gary Barden (MSG), Harry Hess (Harem Scarem), Robin Beck, Terry Brock (Strangeways, Slamer), Dan Reed (Dan Reed Network), Steve Overland (FM, Shadowman), Johnny Gioeli (Hardline, Axel Rudi Pell). Ouve-se o disco com algum gosto mas, mais uma vez, nada por aí além. Para os coleccionadores e fanáticos do género apenas. 70%
O último para a AOR Heaven é o segundo álbum para os Germânicos Human Zoo, “Over The Horizon” (AOR Heaven, 2007). Hard Rock forte, com uma sonoridade bem moderna, riffs potentes, secção rítmica forte, voz exemplar. Aconselho. Falta ainda referir que a produção (exemplar, diga-se já) ficou a cargo de Dennis Ward dos Pink Cream 69. 75% http://www.humanzoo-music.de/ / www.myspace.com/humanzooband

AOR Heaven: http://www.aorheaven.com/

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ESCAPE MUSIC

Os Last Autumn’s Dreams têm em “Saturn Skyline” (Escape Music, 2007) 11 temas de Hard Rock que variam entre o midtempo e o uptempo com muita melodia reminiscente dos 80s (leia-se AOR). Há aqui alguns bons riffs de guitarra, uma secção rítmica competente, melodias e refrões cativantes, voz meio “rasgada” mas segura. Gostei mas, começa melhor do que acaba, a meio começa a tornar-se algo aborrecido. Mesmo assim, AOR / Hard Rock melódico que pode agradar a amantes do género. 65%
Seguem os Jet Trail com “Edge Of Existence” (Escape Music, 2007). Hard Rock / Heavy Metal uptempo bem potente mas com muita melodia. Boas malhas com grandes riffs de guitarra, secção rítmica potente e uma fantástica voz feminina, forte e segura mas melódica quando necessário. Recomendo. 80%
Última para a Escape, os Daydreamer e o seu disco homónimo, “Daydreamer” (Escape Music, 2007). 11 temas de Hard Rock / Heavy Metal melódico com contornos progressivos e sinfónicos reminiscentes de nomes como Elegy, Consortium Project, Ayreon, Evegrey, entre outros. Nada de novo ou original mas bem tocado e com algumas ideias interessantes. Apenas para os fanáticos do género. 65%

Escape Music: http://www.escape-music.com/

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