Saturday

The Vision Bleak – The Wolves Go Hunt Their Prey (2007) – Prophecy

Mais um trabalho, o terceiro, para os The Vision Bleak. Esta nova proposta está mais pesada e “metaleira” que as anteriores mas as orquestrações, guitarras acústicas, citaras e passagens mais atmosféricas ainda fazem parte da sonoridade da banda. Para quem não conhece este duo germânico, estes praticam uma espécie de banda sonora de bases Metal e góticas para uma novela de terror gótica de finais do século IXX. A voz algures entre Type O Negative, Sisters Of Mercy e Danzig, é monocórdica e torna-se algo monótona. Um pouco de variação na voz, assim como a adição de vozes femininas mais operáticas acrescentariam outras tonalidades à música, já por si sombria mas épica, dos The Vision Bleak. Tirando este pequeno senão o disco é fabuloso e aconselha-se vivamente a seres noctívagos! RDS
80%
Prophecy: www.prophecy.cd
The Vision Bleak: www.the-vision.bleak.de

Malefice – Entities (2007) – Anticulture Records

Thrash / Death / Core do mais brutal é o que estes Britânicos Malefice nos apresentam na sua estreia “Entities” através da Anticulture. Ok, isto já é o habitual, a nova tendência, o lado mais brutal do Thrash / Death em fusão com o Hardcore mais duro. Metalcore, um termo que já está a cair em desuso, se quiserem. Mas estes Malefice até o fazem bem, e muito melhor que a maioria dos seus pares Norteamericanos. No comunicado de imprensa pode ler-se: “had they grown up in Shitbucket, Idaho; they’de be on Headbanger’s Ball already”. Concordo plenamente. É o tipo de sonoridade que iria chamar a atenção aos “nativos” dos USA. Mas como a banda é Britânica… Quanto à música em si, não é bem o meu estilo, mas está bem feito e tem bastante potência, embora a banda ainda precise de encontrar uma certa identidade. Não basta só ter um som potente e tocar minimamente bem, tem que haver aquele “quê” que distinga este dos outros (inúmeros) projectos da mesma área. Fusão de elementos “roubados” a nomes como Chimaira, Sepultura, Slayer, The Haunted, Slipknot, etc a música dos Malefice vai agradar aos ouvintes do género mas daqui a um par de anos o álbum já está esquecido nas prateleiras lá de casa! Para já, é gastar o CD a ouvir e fazer headbanging lá por casa. RDS
75%
Anticulture Records: www.anticulture.co.uk
Malefice: www.malefice.co.uk / www.myspace.com/malefice

Friday

DRAGONHEART RECORDS - Abril / Junho 2007

Somniae Status - Echoes (2007): Segundo disco para os Italianos Somniae Status, primeiro através da compatriota Dragonheart. Hard Rock melódico de contornos progressivos / sinfónicos com uma abordagem moderna é o que a banda nos apresenta nestes 12 temas. Boas ideias executadas por excelentes músicos, nota-se um trabalho de composição cuidado, excelente produção, tem peso quanto baste mas sem chegar a ser propriamente Heavy Metal e sempre com muita melodia. Não é propriamente um álbum revolucionário, está cheio de lugares-comuns neste tipo de sonoridades, mas está muito bem feito e com certeza irá agradar a fãs de Hard Rock mais melódico. 80% www.somniaestatus.com
-
Soul Takers - Flies In A Jar (2007): Mais uma banda Italiana. Segundo disco, primeiro para a Dragonheart. Os Soul Takers apresentam um misto de Heavy, Power, Progressivo e música de orientação clássica. Aos habituais instrumentos do Rock adicionam piano e violino, os quais atribuem a tonalidade clássica à sua música. Pesado, melódico, épico, teatral, emocional. Este disco é feito de contrastes e dicotomias: luz / escuridão, branco / preto, moderno / clássico, Heavy Metal / música clássica. Isto já foi feito inúmeras vezes? Sim. Mas também, as tentativas falhadas foram muitas. Não é o caso nestes 11 temas de "Flies In A Jar". Muito pelo contrário. Recomendo. 80% www.soultakers.net
-
Holy Martyr - Still At War (2007): Ora, aqui está um disco que se pode esperar de uma banda Italiana (e da Dragonheart Records). Heavy Metal de contornos épicos, velha escola, letras sobre batalhas, influência directa de nomes como Manilla Road, Omen, Cloven Hoof, Elixir, Candlemass, Bathory e as bandas da NWOBHM. Produção moderna para um som clássico mas intemporal. Este estilo de Metal épico nunca perde a sua força e é intemporal, apesar do que os detractores do estilo possam dizer. É claro que muitas bandas não conseguem captar a essência do estilo, que teve a sua alta na década de 80, ou conseguem mas soam "datadas", pois estes Holy Martyr conseguem-no fazer na perfeição, soando no entanto "modernos". E é só a estreia! O que virá a seguir? Hail Holy Martyr! 85% www.holy-martyr.com
-
Doomsword - My Name Will Live On (2007): Ahhh, mais um disco destes mestres do Epic / Doom / Heavy Metal contemporâneo! Não consigo descrever em apenas algumas palavras o que senti / sinto quando ouço os 3 discos anteriores da banda, para isso necessitaria de um livro inteiro. "My Name Will Live On" continua na mesma linha dos seus antecessores, e isso não é necessariamente mau, muito pelo contrário! Metal de contornos épicos, Doom (aqui um pouco mais uptempo que antes), Viking, letras baseadas em lendas, mitos, estórias de batalhas históricas maioritariamente nórdicas / viking, ambiente de glória, honra e espírito livre e selvagem. Não é o meu álbum favorito da banda, mas talvez com o tempo, este se torne tão apreciado como os anteriores. Apreciadores deste tipo de sonoridades, experimentem o mundo dos Doomsword e não se vão arrepender! 95% www.truemetal.org/doomsword
-
Críticas por RDS

Powerwolf - Entrevista

1 – This new album is more into classic 80s Heavy Metal than the previous one which was more dark and filled with “spooky” melodies and passages. The gothic / vintage horror ambiences are still there but now it seems that you’re more focused into the harder side of your music. Did it just came up like this or did you really wanted to write music in this direction?
It developed. We never plan anything. It happens. You´re right, Lupus Dei is much more heavy and more metal than our debut. And it´s more catchy and striking, even though we still love Return in bloodred. I think a band should never record the same album twice.

2 – Are you satisfied with this new album, the songs, the recording process, production, final product?
Absolutely. We love it, it´s exactly what we had in mind, and right now I don´t know how we could top this one, haha…

3 – The lyrics in Powerwolf are as important as the music because it manages to parallel the visual side of the band. What kind of subjects influenced you to write the lyrics for “Lupus Dei”?
There´s a concept making the album a full circle: in the introduction “Lupus daemonis” the wolf, who´s the protagonist of the concept story, looses belief in everything, he struggles with god and finally descends. He becomes an evil creature being greedy “We take it from the living”, signs a contract with the devil “Saturday satan” and believes in nothing but blood anymore “In blood we trust”. During the album he starts seeing rays of light again, realizing the misleading practice of some religious groups “Mother mary is a bird of prey”, and finally witnesses god in the final “Lupus dei”.
-
4 – The cover artwork for this record is simple but awesome. Who is responsible for the frontcover and what does it mean?
The front cover was done by Niklas Sundin, I think he did a killer job! We wanted to envision the wolf in the moment he witnesses god.
-
5 – You recorded some parts of the record in a chapel built in the 12th century. How did you came up with this idea? Did you wanted to capture the “spirit” of such an old place in your music?
Well, a good friend of us offered us the chance to use a small church built in the 12th century for some recordings. That church was located in the middle of nowhere in a forest, and the atmosphere was haunting. Exactly the surrounding we needed for an album like Lupus dei. You can´t compare recording in a studio to recording in a church – it´s so atmospheric and special that it can only be highly inspirative… the only disadvantage was that there was no heating system in the church and we recorded in January, with snow outside and temperatures at minus 10 degrees…

6 – You also recorded a couple of tracks with a 30 piece classical choir. Can you tell me about the experience? In which manner did the choir’s contribution added a new dimension to the music of Powerwolf?
It was fantastic, I mean, it´s an overwhelming moment when you´re standing in an empty church and 30 people are singing your songs – it was shivers down our spines the whole time we´ve been there. I think the choir really adds a new dimension to some of the songs. I mean: a lot of bands simply use samples or keyboards for that, but you can never reach the atmosphere and the density of a real choir singing your songs with that. It was a lot of work to get the choir convinced to sing for a heavy metal band, but it was definitely worth all the work!

7 – Do you have a tour prepared to promote the record?
We´ll play on some of the summer festivals now, and then play shows together with Grave Digger in Germany in autumn, and right now we´re into negotiations for a full European tour which should happen in autumn also – so watch out for the wolves!!!!!

8 – You can leave now a final message if you want to.
Thanx for reading – and prey for heavy metal everybody!
-
-
Entrevistador: RDS
Entrevistado: Matthew Greywolf

Metal Blade Records: www.metalblade.de
Powerwolf: www.powerwolf.net

METAL BLADE RECORDS - Julho / Agosto 2007

The Red Chord - Prey For Eyes (2007): Segundo disco para estes Norteamericanos. Grind / Hardcore / Noisecore e alguns apontamentos Thrash / Death, muito técnico, mudanças bruscas, ritmos esquizofrénicos, riffs inventivos, ora rápido ora lento, letras perfeitamente insanas sobre os mais variados temas, misto de inteligência e humor sarcástico. Participações especiais de Nate Newton (Converge), John Davy (Job For A Cowboy) e Mirai Kawashima (Sigh). Gostei muito mais deste do que do primeiro lançamento, o qual não me tinha chamado muito a atenção. 90% www.theredchord.com / www.myspace.com/theredchord

Evergreen Terrace - Wolfbiker (2007): Mais uma Norteamericana. Novo trabalho, o primeiro para a Metal Blade. Para quem não conhece a banda, estes praticam um Hardcore de influências Punk Rock, Screamo e Metal. Já tinha ouvido outros trabalhos da banda antes e a base era mais Punk Rock, tingido por outros estilos, aqui a base é mais Hardcore e o resto dos estilos servem para "colorir" o resultado final. Está mais pesado, mais brutal, mais Hardcore, mais Metal, mas mantém a faceta mais melódica do Punk Rock. Está mais interessante do que o que eu já tinha ouvido. Apesar de não ser o meu estilo do dia-a-dia, gosto de algumas ideias contidas nesta rodela. Um interessante cocktail molotov de puro Crossover. 80% www.evergreenterracehxc.com / www.myspace.com/evergreenterrace

The Absence - Riders Of The Plague (2007): Outra vinda dos USA, mas esta com sonoridades mais Europeias. Este é o segundo trabalho para os The Absence. Death / Thrash melódico inspirado na cena Sueca com alguns toques de Thrash da Bay Area a complementar. Som poderoso, rápido, brutal, mas com muita melodia. Muitos pontos acima do seu antecessor, este novo registo está muito mais Thrashado, mais técnico e mais apelativo. Fusão perfeita entre o old-school e o new-school. Produzido por Jonas Kellgren (Scar Symmetry) nos Mana Studios de Erik Rutan (Hate Eternal). Além de uma versão de "Into The Pit" dos Testament, temos participações especiais dos guitarristas James Murphy (Death, Testament), Jonas Kjellgren e Per Nilsson (Scar Symmetry), Santiago Dobles (Aghora) assim como da voz de Jonas Granvik (Without Grief, Edge Of Sanity). Recomendado! 90% www.myspace.com/theabsence

Fueled By Fire - Spread The Fire (2007): Mais uma banda dos USA, mas estes pela fotografia, deduz-se serem de origem hispânica. Este disco havia sido lançado previamente com edição de autor mas vê agora edição mundial via Metal Blade, após contacto pelo próprio Brian Slagel à banda. Thrash Metal da velha escola com toques Crossover de inícios da década de 90, influência directa de Exodus, Nuclear Assault, DRI, Metallica (fase Kill ‘Em All), Flotsam & Jetsam, Whiplash, Agent Steel, etc. Som limpo o suficiente mas com aquele toque retro da década de 80 / inícios de 90. Até a capa é velha escola! Para guardar na prateleira junto aos recentes discos revivalistas de Municipal Waste, Rumpelstiltskin Grinder ou Dekapitator. Gostei muito disto. Long live Thrash Metal! 80% www.myspace.com/fueledbyfire

Machinemadegod - Masked (2007): Alemanha. Segundo disco. Continuam com o Metalcore do primeiro disco, o estilo está a morrer, há que progredir, de qualquer modo tentam abraçar outras influências e ideias tentando assim, obter uma sonoridade mais própria que os distinga do próximo. Não o conseguem. Nem a produção de Jakob Bredahl dos Hatesphere (os discos começam a sair das suas mãos todos "iguais") safa o disco. Está ainda "mais do mesmo" que o anterior disco,s e é que me faço entender. Eles tentam, mas não conseguem. Próximo! 60% www.machinemadegod.com

Neaera - Armamentarium (2007): Outra Germânica. Terceiro disco. Mais Metalcore, este mais orientado para o lado Deathcore / Grind da coisa. É bem mais brutal que Machinemadegod mas também não convence. Muito lugar-comum, muito linear, nada de novo ou original. Ao terceiro tema já farta. Leva mais uns pontinhos que a banda anterior por ter um som mais consistente e ter uma produção mais cuidada. Mesmo assim, daqueles álbuns que eu nunca vou ouvir completo, de uma ponta à outra. Segue já para a caixinha dos promos. 65% www.neaera.com

Metal Blade: www.metalblade.de

Críticas por RDS

Wednesday

Malsain - The Disease (2007) - Karisma Records / Dark Essence

Segundo disco para esta jovem banda Norueguesa. Black Metal atmosférico bem Dark, Doomy, por vezes industrializado (leia-se Industrial, o género des-musical), sujo e claustrofóbico de tão intenso que é. Parece-nos por vezes que estamos fechados numa qualquer masmorra medieval, amarrados com grilhetas, com um intenso cheiro a enxofre queimado, com as luzes apagadas, não conseguindo respirar ou ver o que é que está à nossa volta. Os Malsain introduzem na sua música algumas ideias que fogem ao corrente Black Metal vindo da Escandinávia, o que lhes confere outra dimensão e nos permitem passar pelos 10 temas do disco sem ter o sentimento de já ter ouvido isto e aquilo noutro lado qualquer. É claro que as influências são ainda notórias, mas a banda está no bom caminho e o terceiro disco é que os irá afirmar ou desacreditar de vez no cenário Black escandinavo e mundial. Para já, vamos desesperando com este "The Disease". Ponto negativo para a capa. Um trabalho deste merecia mais cuidado a nível gráfico, o que certamente iria acompanhar na perfeição e aumentar a intensidade da música. RDS
75%

Dimension F3H - Does The Pain Excite You? (2007) - Karisma Records / Dark Essence

Novo trabalho, o segundo, para este projecto Norueguês Dimension F3H. Depois de ter editado a sua estreia através da Hammerheart o colectivo muda-se para a compatriota Karisma / Dark Essence. Da formação anterior já só resta o membro fundador Morfeus (Limbonic Art), o qual tomou conta das vozes e é aqui acompanhado por Motvind nas guitarras, Mr. Moe no baixo e Arghamon na bateria. Mais pesado, obscuro, sinistro e intenso que o seu predecessor, "Does The Pain Excite You?" apresenta-nos 10 temas de um futurista Cyber Metal ao mais alto nível. Black Metal, Thrash, Industrial Rock, Avant-Rock, progressivo, electrónica, tudo é fundido num som único e pessoal. Não é certamente um álbum que irá lançar um novo estilo ou moda, não é a primeira banda a explorar este tipo de sonoridades, mas que o álbum está bombástico, isso está! Para apreciadores de nomes tão diversos como Arcturus, Solefald, Winds, KMFDM, Young Gods, Samael, Laibach, etc. RDS
80%
Dimension F3H: www.dimensionf3h.com / www.myspace.com/dimensionf3h
Karisma Records: www.karismarecords.no
Dark Essence: www.darkessence.no

John Schooley And His One Man Band - One Man Against The World (2007) - Voodoo Rhythm Records

John Schooley é do Texas (USA), ex-membro de nomes bandas como The Revelators e Fantastic Hard Feelings, e este disco é o seu novo trabalho de estúdio a nome próprio. Como a própria designação do projecto indica, esta é uma "one man band", mas tem por aqui alguns convidados a dar outro colorido a certos temas com a introdução de violoncelo p.ex. Blues Trash com toques de Rock ‘N’ Roll mais sujo e alguma atitude descomprometida mais Punk. A edição está cargo da independente Suiça Voodoo Rhythm Records, editora direccionada para este tipo de sonoridades. O disco tem certos pontos de interesse mas não chega a ser nada de espectacular nem ousado, e nem o próprio Schooley o deve pretender. Simples, directo, sujo, Trashy Rock ‘N’ Blues na sua pura essência. Apenas para apreciadores do género. RDS
70%
Voodoo Rhythm Records: www.voodoorhythm.com